Apesar de a maior veneração da comunidade ser dedicada a Nossa Senhora da Boa Viagem o padroeiro é São Julião Mártir.
A antiga freguesia de São Julião de Punhete era vigairaria do padroado real e comenda da Ordem de Cristo, tornando-se mais tarde priorado.
A carta régia de 30 de maio de 1571 eleva Punhete a vila, dando-lhe termo distinto do de Abrantes. Em 1758 o seu termo era constituído apenas por parte do lugar de Barro pertencente à freguesia de Santa Margarida da Coutada.
Em 1758 a matriz situava-se dentro da vila e tinha ainda, incacabada, a “sumptuosa” igreja de Nossa Senhora dos Mártires, no cimo da vila, erigida no mesmo local onde antes existira uma ermida da mesma invocação e as ermidas de Santa Ana, São Pedro e S. João Batista, todas anexas à matriz. Estavam em ruínas a de São Sebastião, à entrada da vila, vindo da parte do rio Zêzere e a do apóstolo Santo André, antes de entrar na vila, vindo de Abrantes. Do lado sul do Tejo, tinha ainda a de Santo António de Entre as Vinhas, de proteção régia.
Tinha Misericórdia com sua igreja e hospital.
Com a reforma administrativa de 1836 (decreto de 6 de novembro) passam a integrar o concelho de Constância as freguesias de Aldeia do Mato, Santa Margarida da Coutada, Martinchel e Montalvo, desanexadas do concelho de Abrantes.
A população da maioria das freguesias do antigo concelho de Abrantes, dele desanexadas, nunca acataram este dispositivo pelo que o Governo se viu obrigado a repor algumas situações.
A rainha D. Maria II por decreto de 7 de dezembro de 1836 altera o nome da vila de Punhete para Constância com o título de “notável”.
O concelho foi extinto e anexo ao de Abrantes em 12 de novembro de 1895, mas restaurado a 13 de janeiro de 1898.
Pertenceu ao bispado da Guarda e atualmente ao arciprestado de Abrantes, diocese de Portalegre-Castelo Branco.
fonte: http://digitarq.adstr.dgarq.gov.pt/details?id=1002754